sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A nossa sociedade.

   

   Em nossa sociedade, a violência está introduzida de modo que não percebemos. Ousaria nominá-la de algo como fetichismo na sociedade; em alusão ao título "fetichismo da mercadoria" que Marx usa em sua obra " o capital". A diferença estaria em que o termo "fetichismo da mercadoria" está ligado ao modo falso que enxergamos a mercadoria, esse tema tratarei em outra oportunidade. O "fetichismo" na sociedade, ocorre de forma que enxergamos a violência, e ao mesmo tempo não; pois nos acostumamos a ela e nem a questionamos!
  Nos transportes públicos, nos acotovelamos, brigamos no trânsito, e xingamos por qualquer coisa. Se analisarmos bem, perceberemos que tudo isso é como uma defesa para nossa sobrevivência. O pior de tudo é que as crianças crescem nesse clima de violência, ao começar dentro da própria escola.; enfatizo o bullying. De forma resumida, o bullying quer significar um poder sobre aqueles que são mais fracos e indefesos. Geralmente o colega mais forte agride o mais fraco e, neste contexto, há as testemunhas. Verificamos assim que há três grupos: o forte, o fraco e as testemunhas. Todos saem perdendo! O forte, provavelmente, tem uma vida conturbada, não tem a atenção de seus pais, e assim será seu desenvolvimento comportamental. O fraco é prejudicado: fica no canto solitário, tem poucos amigos, não gosta de estudar, entre outros problemas. As testemunhas, por sua vez, também são afetadas, pois têm medo de denunciar para que não sejam as próximas vítimas. Dentro dessa problemática, as instituições de ensino junto aos pais não sabem como resolver o problema.
   Outro fato está no vazio que essa sociedade oferece hoje. Uma das saídas para aqueles que não aguentam esse vazio é a droga. As drogas são: cigarro, o álcool, a maconha, a cocaína, entre outras. 
    O cigarro, até há algumas décadas, passava a ideia de bem estar, e quem o usava tinha a imagem de poder: no caso dos homens, se imaginavam mais viris, e as mulheres se tornavam sexis. O cigarro tem uma substância chamada nicotina, que quando usada, vai direto para o cérebro ligando-se aos receptores de nicotina nas células nervosas (neurônios). Quando isso acontece, há uma liberação de dopamina, substância responsável pelo bem estar, sensação de prazer. Na falta de nicotina, o usuário de cigarros se desesperam, pois o corpo se torna dependente da nicotina para a produção de dopamina. Para um fumante abandonar a prática, é preciso o querer, ter vontade. Há estudos na elaboração de novos medicamentos para ajudar a controlar a abstinência, sendo essencial a ajuda de profissionais.
   As drogas ilícitas como a maconha, a cocaína e seus derivados prejudicam não só o indivíduo, como a sociedade. A maconha, segundo estudos, tem sua origem na África, se expande pela Europa através  das invasões islâmica, e assim é introduzida no continente Americano pelo colonizadores. As drogas, na antiguidade, eram usadas em rituais religiosos para um "contato" mais próximo com a divindade. Hoje, o consumo se torna mais social, mas a sua utilização é para a fuga da realidade que cada dia, para muitos, se torna insuportável. O tratamento para a maconha, a cocaína, embora devem ser comparadas com diferenças, é através da psicoterapia com uns dos tratamentos chamado psico-comportamental. Pois não há remédio, o que se usa é a reassocialização; no caso do usuário de cocaína, deve explicá-lo o que é lícito e ilícito. O crack, derivado da cocaína com diferença apenas da falta de uma substância chamada ácido cítrico, é uma das substância mais devastadoras no mundo das drogas. Traz uma sensação de prazer imediato, e logo de imediato traz também a insaciedade, fazendo com que o consumidor logo introduza em seu corpo outra dose, uma atrás da outra. Sugere que o uso crônico do crack interfira na saúde mental e no funcionamento cognitivo geral do usuário, efeitos que não são reversíveis com a abstinência.
    todos os dias, ao ver os marginalizados da sociedade cheirando ou consumindo drogas, matando, com um noticiário violento como o atual, será que de fato enxergamos?
    Como mencionei, a droga era usada para o "contato" com o Divino. Hoje, já não se procura do divino. É algo lamentável! 


    Ir. Filipe, OSB

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